quarta-feira, novembro 08, 2006

As últimas das férias de julho

Bem, as férias de julho já se foram. Aqui na minha cidade é assim; lá pro meio de junho já se começa a respirar o clima das férias de julho. As lojas colocam nas prateleiras e mais precisamente nas portas mesmo (pra chamar a atenção da clientela) o estoque de mercadorias encalhadas, que não venderam nos anos anteriores, produtos como coisas de usar na praia, especialmente biquini para a mulherada. Não que eu seja um expert em moda, mas minha mãe e o restante das mulheres da minha vida são profundas conhecedoras de moda, pelo menos dizem que são. Eu acredito, não tenho escolha, sou macho e os machos normalmente não se ligam nesse negócio de moda, basta olhar pro meu pai, que é preciso minha mãe tomar atitudes drásticas algumas vezes com relação a combinação das roupas dele.
Quando digo as mulheres da minha vida, me refiro, além da minha mãe, minhas tias e minhas divertidas primas, KAHELUD (que são: Karen, Hevelyn, Ludmilla), Raquel, Cristiane e por tabela, Laurinha e Letícia, que vem sempre para as férias.
Tive que falar dessa turma, porque são criaturas muito engraçadas com quem me divirto muito, sempre no bom sentido e acabo aprendendo um pouco sobre a cabeça das mulheres, que as vezes são bem complicadas (se o carinha que elas tão a fim olha, elas disfarçam, se não olha elas ficam arrasadas). Mas essa é outra história que de repente posso falar depois.
Voltando às férias: Quando chega julho, lá pelo dia 05, a cidade está cheia de gente de fora, turistas que vem curtir as praias do Rio Araguaia. Não é qualquer praia, estou falando de cerca de 2000 (dois mil) quilômetros de areias limpas.
A cidade fica animada. É hora de conhecer pessoas e rever familiares que se programam sempre para aparecer nesse período.
A praia mais visitada talvez seja a praia das gaivotas, que fica em frente a cidade e o acesso é fácil (não precisa passar pelo que passamos; veja no post anterior) e as pessoas lotam o local. Lá tem de tudo. As barracas, feitas de palhas, onde vendem lanches, cantam, dançam e brigam de vez em quando, etc. Essa praia, por ter de tudo um pouco, foi apelidada pelos cristãos evangélicos de Babilônia, que minhas primas chamam carinhosamente de Bábi.
Na praia da Bábi, para alguns é considerada um antro de perdição, quando ouvi isso pela primeira vez tive que perguntar o que significa, se você caro leitor não sabe, pesquise também. Lá na Bábi, acontece de tudo e vê-se muita coisa, desde as mais lindas gatinhas de corpos bem... bem, como diria, esculturais ( não posso usar outro termo, pois minha mãe, não aprovaria, ela vive me dizendo que não se refere a uma mulher de qualquer jeito), cachaceiro, grupo de pagode, de rap, sem falar que cada barraca tem um som com uma música diferente e sempre tentando colocar uma música mais alta do que a do vizinho.
Mas, o grande lance de lá é a paquera. As meninas, minhas primas, chegam, dão uma olhadinha como se não quisessem nada e vão a luta. Carol e Raquel, são as mais velhas do grupo (as que se responsabilizam pelo restante), são as ajuizadas e de vez em quando dão uma contada pra ver se a quantidade confere, se não está faltando ninguém, coisa de gente responsável, tá ligado?
Eu sou o mais novo da turma e só vou porque minha mãe confia nas duas. As outras, vão porque as mães delas confiam nas duas, enfim, as duas tem um auto conceito com as mães dos primos adolescentes.
Minha prima Carol, leva isso tão a sério, que fui obrigado a ouvir todo o teor de uma paquera muito promissora. Eu até quis sair de perto, pra ser legal, mas Ela disse:
- fica aí, sua mãe disse pra eu não te perder de vista.
Nesse caso, tive que ouvir tudo. Não vou contar porque fofoca é coisa de mulher, sem querer ofender, é claro.
Bom. Minhas férias tinham tudo pra ser ruins, por causa do braço quebrado da minha mãe, mas acabou dando tudo certo. Me diverti bastante, agora é esperar o próximo julho.